Era uma vez Chave de
Ouro, que só servia para abrir duas portas: uma para deixar transitar Alegria;
outra para dar vasão à Felicidade.
Muitos conheciam a história de Chave de Ouro e
sua importância. Se fosse utilizada para outro fim, Alegria e Felicidade
ficariam detidas eternamente dentro da casa d’água que somente Chave de Ouro
abria. Para evitar que isso acontecesse, havia Guardião, zelando por Chave de
Ouro.
Certo dia, Guardião
se descuidou, confiando na amizade de Oportunista. Oportunista, que prezava a
denominação, não perdeu ensejo. Ele desconhecia o verdadeiro valor de Chave de
Ouro, como instrumento de liberdade e/ou cativeiro de Alegria e Felicidade.
Os olhos de
Oportunista foram imediatamente atraídos pelo brilho de Chave de Ouro –
desguardada –, e pela grandiosidade de seu existir. Todos os sentidos de
Oportunista resvalaram para a cobiça. Ele só pensa na fortuna que poderá obter
vendendo Chave de Ouro, apropriando-se indevidamente dela, ignorando a
importância que tem a liberdade de Alegria e Felicidade.
Em sua escapada da
presença de Guardião, Oportunista vende Chave de Ouro por preço irrisório.
Comprador, para valorizar
a aquisição, transforma Chave de Ouro em magnífico pingente; dependura-a em uma
corrente, depois revende a Estrangeiro.
Alegria e Felicidade
principiam a definhar, impedidas de saírem da casa d’água. Alegria é a primeira
a perder os sentidos. O mundo de muitas pessoas fica menos alegre.
Felicidade é mais
resistente e poderosa do que Alegria e vai sobrevivendo ao encarceramento.
Diz-se que o poder de Felicidade é tão imenso que, libertada, ela é capaz de
ressuscitar Alegria; sua resistência ao confinamento é secularmente conhecida.
Diz-se que Felicidade só desfalece quando se desiste definitivamente dela.
Porém, aprisionada,
ela é inativa, e o universo fica menos feliz. Alguns desses universos,
inclusive, desaparecem, pois só sabiam existir com Alegria e Felicidade atuando
juntas.
Acontece, porém, que
com o correr dos anos, Guardião reconhece Chave de Ouro, dependurada na
corrente de Estrangeiro, e anuncia o destino de Felicidade, presa à casa d’água
eternamente, se Chave de Ouro não a libertar; anuncia o fim de Alegria.
Estrangeiro sorri
desdenhoso. Não reconhecia a aplicabilidade de Alegria e Felicidade em sua
vida.
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